
Alta temperatura e baixa umidade.
O uso da máscara durante as sessões de treino ao ar livre (aqui no Rio de Janeiro é obrigatório) aumenta a temperatura na região do rosto coberta – nariz e boca – que é altamente vascularizada.
Esse aumento de temperatura localizado, pode provocar um aumento da sudorese, ocasionando uma perda maior de água e sais.
Em ambientes mais quentes e secos, essa perda pode ser potencializada aumentando ainda mais a desidratação.
Como controle, Koop (2016) apresentou o diagrama proposto por Cheuvront e Sawka (2005) para estabelecer o estado de hidratação diário.
Segundo Koop, três fatores devem ser medidos e avaliados pela manhã assim que acordar: W – Peso corporal, U – Coloração da urina e T – Percepção de sede.
Se um dos fatores sugere desidratação e os outros dois estão normais, é possível que você esteja desidratado.
Se são dois em três, provavelmente você está desidratado.
Três e é muito provável que você esteja desidratado.
Como fazer?
A verificaçāo do peso – W deve ser realizada sempre após urinar e sem roupa. Geralmente seu peso se mantém estável entre um dia e outro mesmo quando se emagrece ou se ganha massa muscular.
A variação é muito pequena e uma perda de 1 a 2% do peso corporal entre um dia e o seguinte, seria um indicativo na mudança da quantidade de fluido corpóreo.
A cor da urina – U é um parâmetro muito comum para avaliar o nível de hidratação.
Se sua urina tem a coloração amarelada/alaranjada mais densa (e isso não é o resultado do uso de algum tipo de medicamento ou suplemento), é provável que você esteja desidratado.
O ideal é colher sua urina em um recipiente apropriado como aqueles utilizados em exames laboratoriais.
Percepção ou sensação de sede – T. Quando você está com níveis baixos de hidratação, seu organismo responde com a sensação de sede.
Embora haja uma variação de pessoa para pessoa, Kenefick e Cheuvront (2012) sugerem que pode haver uma perda de 2% do peso corporal associada a essa sensação.
Fonte:
- Cheuvront, S & Sawka, M. (2005). Sports Science Exchange 97 VOLUME 18 (2005) Number 2 Hydration Assessment of Athletes. Sports Sci Exchange. 18.
- Kenefick, R & Cheuvront, S. (2012), Hydration for recreational sport and physical activity. Nutrition Reviews, 70: S137-S142. doi:10.1111/j.1753-4887.2012.00523.x.
- Koop, J. (2016). Training essentials for ultrarunning. Boulder, USA. Velopress.